Até que ponto o seu trabalho pode ser resumido em um Checklist?

Até que ponto o seu trabalho pode ser resumido em um Checklist?

Eu relutei bastante para escrever sobre “o futuro do trabalho”.

Não que seja um assunto sem importância, mas eu sempre tive certas restrições com aqueles prognósticos apocalípticos que circulam por aí.

Obviamente a dinâmica do mundo está mudando e (obviamente) precisaremos habilidades diferentes para lidar com essa realidade, mas prefiro pensar que estamos caminhando num processo de especialização das profissões por conta das novas demandas e das inúmeras possibilidades que as tecnologias estão nos propiciando fazer.

Essa semana escutei uma das falas do Maurício Benvenutti no Silicon Valley Web Conference que tratava justamente disso, mas o legal foi perceber que ele não estava com aquele discurso de que tudo que temos hoje não vai mais servir, que o mundo vai acabar, etc etc etc.

É interessante analisar a situação como um todo e verificar onde o impacto será maior para, a partir daí, iniciar um movimento de preparação/transformação. Por exemplo: a capacidade de análise de informações que se repetem há tempos já é feita de maneira muito mais assertiva pelas máquinas. Tarefas que envolvem repetição de movimentos então nem se fala.

É por isso que as pessoas precisam prestar atenção no que está acontecendo ao seu redor. Se formou na faculdade e agora “está pronto”? Esquece amigo.

Tanto é que uma das habilidades que estão sendo mais reconhecidas é a capacidade de aprender-desaprender-aprender. Ou seja, precisamos ter a capacidade de nos desprender de aprendizados/técnicas que simplesmente não tem mais necessidade e aprender aquilo que é necessário para o novo momento.

Pensa comigo e imagina a rotina de um jornalista há 20 anos atrás:

  • ele ia de motorista até a notícia e escrevia sobre o tema;
  • um fotógrafo ia até o local e registrava o momento;
  • um revisor verificava o texto;
  • jornal era impresso e entregue fisicamente aos leitores

Hoje essa realidade obviamente não existe para empresas que querem seguir no mercado. O jornalista precisa ser multitarefas, tirar foto, escrever, revisar, já publicar no site e se bobear já postar no Instagram para envolver o público na hora. É claro que o advento de tantas tecnologias e novas plataformas fez com que o jornalista de hoje tenha sua rotina completamente transformada, mas dentre as suas várias especializações ele segue sendo jornalista. Alguns vão se adaptar melhor, outros nem tanto, mas a lógica é essa.

Por isso, não tente brigar com a realidade e achar que você vai calcular mais rápido que um computador ou carregar mais peso que um robô. Ao invés disso busque entender quais são as transformações que estão ocorrendo e como você pode ser relevante nesse novo cenário. Deixe a repetição para as máquinas e foque o seu desenvolvimento nas habilidades que farão você lidar bem com a imprevisibilidade e situações que exigem a combinação de inúmeras experiências que uma máquina, por enquanto, não consegue resolver tão bem.

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