O que esperar após o Corona?
Não.
Meu objetivo não é traçar comparativos com outras crises dessa magnitude ou criar cenários pessimistas e otimistas sobre o que está por vir.
É possível se colocar “na pele” dos inúmeros atores que tentam, muitas vezes de olhos vendados, achar algum caminho possível pra sair da bagunça que esse vírus colocou sobre nossas vidas.
Médicos, empresários, gestores públicos, membros da academia e a sociedade em geral tem suas visões sobre o que está ocorrendo, cada qual com seu viés e com suas razões. Difícil julgar cada um, mas pelo menos estão todos na mesma mesa conversando sobre o assunto, tentando entender o que pode ser feito e qual o preço (pro bem e pro mal) que cada uma das atitudes terá logo ali na frente.
Ouso dizer que sairemos melhores e que essa será uma grande lição sobre como não somos tão individualistas quanto pensávamos.
Minha ousadia, revestida de esperança, é um apelo para que a gente possa se ver no outro. Quando entendermos que somos aquela pessoa caminhando na rua faremos nossa parte para que ela não seja prejudicada e finalmente conseguiremos reestabelecer aquele senso de preservar o bem comum que com tanto sacrifício foi conquistado e que hoje, por uma razão ou outra, parece ter se perdido.
Tenho certeza que não voltaremos ao “normal”. E nem quero.
Meu desejo é que, já que estamos aqui, possamos passar por tudo isso e chegar num lugar melhor. Do jeito que for, que seja juntos.
Rafael Zanatta